Doença que assusta até pelo nome, a
parvovirose vem preocupando os médicos dermatologistas de Manaus, onde
um novo caso vem sendo registrado a cada dia, segundo relatou a
dermatologista Carolina Talhari.
Mas,
segundo ela, a crescente incidência da doença não é único fator que
preocupa os médicos. Os sintomas, que se confundem com os da rubéola,
caxumba e sarampo, podem causar confusão na hora da busca pelo
tratamento, principalmente, aplicado às crianças.
“Não
podemos dizer que se trata de uma epidemia, porque os registros da
doença estão sendo feitos no âmbito ambulatorial. Mas, a cada dia,
aparece um novo caso”, revelou Talhari.
Manchas
vermelhas na pele, área das bochechas, febre, mal estar e perda de
apetite são alguns dos sintomas da parvovirose. A doença causa várias
complicações clínicas, como inflamação da pele, eritroblastose fetal
(quando o sangue do feto sofre aglutinação pelos anticorpos do sangue da
mãe), anemia persistente e diminuição temporária dos glóbulos
vermelhos do sangue.
Mas, mesmo com
tantas complicações e com uma nomenclatura difícil, se diagnosticada
corretamente, a doença não é grave, embora os médicos de Manaus estejam
apreensivos quanto ao aumento do registro de casos ambulatoriais da
parvovirose nos últimos 40 dias, explica Talhari.
Transmissão
Transmitido por via oral, o parvovírus B19 foi descoberto em 1975, mas é bem diferente do vírus que causa a doença de mesmo nome entre os cães.
Transmitido por via oral, o parvovírus B19 foi descoberto em 1975, mas é bem diferente do vírus que causa a doença de mesmo nome entre os cães.
“É
importante deixar claro que nos referimos à parvovirose humana que nada
tem a ver com a parvovirose dos cães. É uma doença transmitida de
pessoa para pessoa, não do animal para o ser humano”, explicou.
O
vírus se transmite por contato direto com as secreções, como a saliva, a
expectoração ou a secreção nasal, quando a pessoa infectada tosse ou
espirra. Após um período de incubação entre cinco e 20 dias após o
contato com o parvovírus B19, a criança pode manifestar um dos sintomas.
Não há vacina para a prevenção da doença.
O
Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria
Municipal de Saúde (Semsa) e a Fundação de Vigilância da Saúde (FVS)
informaram que a parvovirose não é de notificação obrigatória e não
consta dos registros oficiais do Sistema Nacional de Agravos de
Notificação (Sinan Net). Ao atenderem pacientes sintomáticos, as
unidades de saúde os encaminham para exames sorológicos diferenciados.
Gestantes
Os casos mais graves da Parvovirose ocorrem quando a transmissão do vírus é vertical, isto é, de mãe para filho durante a gravidez. Nesses casos, a doença pode, até mesmo, causar má formação do feto que, infectado, desenvolve anemia intra-uterina e insuficiência cardíaca fetal, podendo ocasionar o aborto.
Os casos mais graves da Parvovirose ocorrem quando a transmissão do vírus é vertical, isto é, de mãe para filho durante a gravidez. Nesses casos, a doença pode, até mesmo, causar má formação do feto que, infectado, desenvolve anemia intra-uterina e insuficiência cardíaca fetal, podendo ocasionar o aborto.
Crianças não são as únicas vítimas
A maioria dos registros de parvovirose envolvem crianças menores de nove anos de idade.
A maioria dos registros de parvovirose envolvem crianças menores de nove anos de idade.
O
tratamento da doença é sintomático, isto é, não trata o vírus em si,
mas os sintomas que surgem, como a vermelhidão, manchas e a dor de
cabeça.
Apesar da maioria dos casos
ser registrada entre crianças, a doença também atinge adultos, podendo
ser mais grave em pessoas com deficiência no sistema imune, causando
alterações no sangue, dores articulares e podendo evoluir para uma
anemia.
O vírus da parvovirose pode
se manifestar em qualquer lugar e não está ligado a questões
ambientais.É uma doença sazonal, geralmente de evoluçao benigna, e os
surtos acontecem, normalmente, uma vez por ano. No Amazonas, devido ao
clima quente e úmido, a transmissão mais comum é nas escolas.
Fonte: http://acritica.uol.com.br
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